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Taxi: Cooperativas atropelam preconceitos e se especializam para conquistar clientes

Na década de 80, Angélica previa: “Vou de táxi, mas só com você”. Quase 20 anos depois do lançamento do hit, as cooperativas investem no tratamento personalizado para conquistar clientes fiéis e acabar com problemas de convivência entre taxistas e passageiros. Para superar reclamações relativas ao inglês mal falado; ao preconceito com o namoro homossexual; à intolerância com fumantes; e à má-vontade de certos motoristas com deficientes físicos, algumas empresas do ramo resolveram fazer diferença valorizando a diferença.
Depois de 10 anos de praça, o taxista Alonilson Hora, 37 anos, chegou à conclusão de que muitos motoristas esquecem que o táxi é um transporte público e acabam tratando os passageiros como se a corrida fosse uma carona — tipo “meu carro, minhas regras”. Agressões verbais dirigidas por um taxista a um casal de mulheres levaram ao surgimento da Nova Aliança Táxi, especializada no público gay. O arco-íris na lateral dos 40 carros é a bandeira.
A maior dificuldade, conta Alonilson, é selecionar os motoristas: “A primeira coisa que pergunto é: ‘Você é gay?’. Pela resposta é possível saber como reagem à diferença”.
Com 14 anos de casamento, Osvaldo Estrela, 43, e Marcelo Mangueira, 36, passaram por muitos constrangimentos. Osvaldo conta que pegou táxi com casal de amigos italianos. Um dos estrangeiros colocou a mão na perna do namorado e o taxista ameaçou cancelar a corrida.
Pelo direito ao toque ou o de não ser tocado, as empresas se especializam. As idéias partem de taxistas experientes, como Antônio Amaral, 52 anos, diretor da Especial Coop Táxi, que atende deficientes e idosos. Ele projetou veículo que permite o transporte de cadeirantes sem retirá-los da cadeira de rodas: “O mais perto que o motorista chega do passageiro é para passar o cinto de segurança”.
Os carros adaptados saem caro para os cooperativados. Atualmente, para instalar a plataforma de elevação e aumentar a altura do teto, são gastos R$ 33 mil. Mesmo assim, os cadeirantes pagam a mesma tarifa dos amarelinhos sem conversão. Amaral afirma que a empresa não consegue atender a todos os pedidos. Cliente cativo, o estudante de Administração Felipe Esteves, 27, conta que ganhou autonomia com o táxi adaptado: “Para pegar um comum, tinha que ter um amigo perto e só motoristas conhecidos paravam. Agora é legal que até carona eu dou”.
Gringos, fumantes, crianças e cães têm vez
A boa sacada de oferecer serviço de tradução simultânea em 124 táxis, que começaram a circular durante o Pan, infelizmente tem data para acabar: dia 31. Mas, se a iniciativa privada ‘comprar’ a idéia, ela poderá ser mantida. As traduções (inglês e espanhol) são feitas por 64 alunos da Uerj, através de celular com viva-voz. Em meio à diversidade de ofertas, os fumantes também têm vez. A Táxi Saens Peña adota política de simpatia aos tabagistas. Seus motoristas estão instruídos a aceitar baforadas sem ‘cof-cof’ de repreensão. A mesma empresa oferece serviço de transporte de crianças. Os taxistas fazem as vezes de babá para os pais que não têm tempo de acompanhar os filhos à escola. No universo irrestrito do transporte individual, até os cães ganharam atendimento especial. Na onda dos táxi-dogs, cachorrinhos ou cachorrões viajam com todo o conforto no veículo refrigerado — enfeitado com dezenas de patinhas — especializado em levar e trazer animais. O dono nem precisa ir. Rosana Franco, dona da empresa, conta que levou um labrador a Goiás sem a companhia do dono. Durante as 24 horas de viagem, tiveram que parar algumas vezes para o cãozinho “passear”.
PÚBLICO GAY - A Nova Aliança não se apresenta como “exclusiva” de homossexuais, mas ressalta que o público gay é preferencial: (21) 3391-7372.
Fonte: Jornal O Dia
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